Moto X+1: Snapdragon 800, 801
ou 805; Isso importa?
O Moto X sempre foi um aparelho observado muito bem, mesmo antes de seu lançamento. Os rumores começaram bem antes de seu lançamento e foram ganhando bastante força, mesmo sendo algo ainda nada conhecido. Isso porque, ele foi o primeiro aparelho da Motorola após esta ter sido comprada pela Google. Agora, um ano depois, a companhia está nas mãos da Lenovo. O que será que a fabricante chinesa tem planejado para o substituto do Moto X?
Quando a Motorola o lançou no ano passado, apesar de contar com funções bem interessantes e inovadoras para a época, o Moto X acabou não se popularizando tanto, principalmente fora do Brasil. Uma das razões para isso foi a ausência de um hardware mais parrudo. Apesar dele ter um desempenho bastante satisfatório, muitas pessoas acabaram não optando pelo aparelho por medo dele ficar defasado em pouco tempo. Um dos principais fatores para isso foi o uso do chipset Snapdragon S4 Pro, que apesar de potente, não é nada impressionante.
Nos últimos dias, diversos rumores circularam pela internet, inclusive de testes de benchmark de um suposto Moto X+1. Alguns dos rumores apontam para o uso de um Snapdragon 801, enquanto outros são mais conservadores e indicam o uso do Snapdragon 800. Por outro lado, alguns esperançosos acreditam que o aparelho virá equipado com o novo Snapdragon 805.
Nos parece mais provável que o aparelho acabe usando um Snapdragon 801, sendo que estaria dentro do que se é esperado de lançamentos de 2014 e iria contra uma das razões que impediu um sucesso maior do Moto X em 2013. No momento, as supostas especificações são:
- Android 4.4.4
- Tela de 5 polegadas com resolução Full HD
- Chipset Snapdragon 801
- 2GB de RAM
- 32GB de armazenamento interno
- Câmera traseira de 12MP e frontal de 2MP
Porém, caso ele venha com um Snapdragon 800, seria isso algo tão ruim? Será que precisamos mesmo de tanto poder de processamento além do que já temos? O Snapdragon 800 consegue perfeitamente tomar conta de praticamente tudo que o 801 é capaz. Para ser sincero, a maior diferença é a pontuação em aplicativos de benchmark como o AnTuTu.
A falsa evolução
Na humilde opinião deste que vos escreve, isso é uma grande bobagem. Esse tipo de pensamento só beneficia as próprias empresas, que acabam conseguindo vender mais graças ao pensamento de que em um ano, o hardware dos smartphones ficam ultrapassados.
Felizmente, esse tipo de pensamento não é mais tão forte quanto já foi nos anos anteriores. Os aparelhos não estão vindo com tantas evoluções de hardware em relação aos aparelhos anteriores e é esperado que o mesmo aconteça com aparelhos futuros. Pudemos perceber isso nos lançamentos desse ano. O Xperia Z3, por exemplo, é esperado que conte com um hardware muito parecido com o do Z2.
Com isso em mente, as fabricantes estão começando a ter o foco novamente nos pontos principais, como a facilidade de uso, a versão do sistema operacional usado, a utilidade das funções, a voz dos consumidores e a qualidade geral do aparelho. É claro que isso gera críticas por parte dos entusiastas de hardware mobile. Mas esse é apenas um nicho pequeno em comparação com o mercado mundial.
Conclusão
É claro que a evolução do hardware é ótima e necessária, mas somente se outros fatores como experiência do usuário não forem comprometidos. O grande mérito do Moto X não é, nunca foi e espero que nunca seja o seu hardware. As inovações trazidas pela Motorola com ele foram justamente na experiência de uso, com coisas relativamente simples como as Notificações Ativas. Não é sem motivo que tantas pessoas da área de tecnologia móvel, inclusive eu, do Brasil e outros países usam diariamente o Moto X.
Se a Motorola conseguir colocar um Snapdragon 801 no sucessor do Moto X, sem comprometer outras áreas, ótimo. Mas se isso significar uma atenção menor em outros detalhes, um preço muito maior, ou qualquer coisa que interfica com o que torna o Moto X uma ótima escolha até hoje, que venha com o Snapdragon 800.
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